Lembram-se da canção que serviu de senha de início da revolução de 25 de Abril de 1974. Claro, ela constitui um marco na vida de toda a gente que na altura já sabia o que é viver.
Hoje ouvi o Paulo de Carvalho (magnificamente acompanhado ao piano por Victor Zamora, um cubano cujo nome e referência não devem deixar escapar, um virtuoso … vão por mim …) encerrar mais um espectáculo, com o “e depois do adeus”. O homem anda danado porque estão a usar o tema e a sua voz num qualquer anúncio publicitário, sem que ele esteja a ganhar os devidos direitos de autor, mas isso agora não interessa nada. A canção (que em 1974 ganhou o festival!) Não foi o ponto alto do concerto, que teve momentos bem mais vibrantes, inovadores e surpreendentes. Mas não é possível ficar insensível à música, ao poema e ao significado histórico daquele tema. E o Paulo canta aquilo cada vez com mais força e mais encanto, sendo que, acompanhado apenas com um piano, sem exuberâncias orquestrais, não só somos agarrados pela música, como somos arrastados para acompanhar o poema, que tantas vezes já ouvimos, que nem chegamos a apreciar o conteúdo, o alcance.
Ainda sou do tempo em que mandávamos músicas destas ao festival da Eurovisão. Sou do tempo em que se usavam mensagens destas para dizer basta a um regime sem liberdade. Por isso, estou velho. Não compreendo como é que o Paulo de Carvalho continua com aquela voz como se fosse jovem, com aquela mentalidade, com aquela alma …
Hoje ouvi o Paulo de Carvalho (magnificamente acompanhado ao piano por Victor Zamora, um cubano cujo nome e referência não devem deixar escapar, um virtuoso … vão por mim …) encerrar mais um espectáculo, com o “e depois do adeus”. O homem anda danado porque estão a usar o tema e a sua voz num qualquer anúncio publicitário, sem que ele esteja a ganhar os devidos direitos de autor, mas isso agora não interessa nada. A canção (que em 1974 ganhou o festival!) Não foi o ponto alto do concerto, que teve momentos bem mais vibrantes, inovadores e surpreendentes. Mas não é possível ficar insensível à música, ao poema e ao significado histórico daquele tema. E o Paulo canta aquilo cada vez com mais força e mais encanto, sendo que, acompanhado apenas com um piano, sem exuberâncias orquestrais, não só somos agarrados pela música, como somos arrastados para acompanhar o poema, que tantas vezes já ouvimos, que nem chegamos a apreciar o conteúdo, o alcance.
Ainda sou do tempo em que mandávamos músicas destas ao festival da Eurovisão. Sou do tempo em que se usavam mensagens destas para dizer basta a um regime sem liberdade. Por isso, estou velho. Não compreendo como é que o Paulo de Carvalho continua com aquela voz como se fosse jovem, com aquela mentalidade, com aquela alma …
Ora, metam lá os auscultadores na cabeça … sentem-se no sofá, fechem os olhos … recuem uma trintena de anos (quem a tiver para recuar …) e acompanhem a letra que vos deixo aqui (para isso têm que abrir os olhos!) … afinal, lá no fundo, todos ainda têm guardado um jovem revolucionário. Deixem-se de tretas e a seguir vão lá escutar umas faixas do Zeca. Ele também merece a nossa memória.
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Se já não têm forma de passar o velho LP, e não dispõem de outra forma para escutar o tema, podem ouvir no seguinte endereço … embora o som … enfim … vocês lá sabem. Aliás, foi lá que fanei a foto que se segue. O Paulo já não está com este ar. Melhorou um pouco!!! A foto inicial está disponível para download no site oficial do artista ...
http://rubicat.no.sapo.pt/paulocarvalho.html
Para que conste, a música é do António Calvário e a letra do José Niza.
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Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós
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Se ficaram com vontade de visitar o site do Paulo de Carvalho, ele mora em:
E, já agora, se quiserem ver o MySpace do Victor Zamora vão a:
http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=134941399
Querendo ver o site relativo ao recital de piano & voz a que eu tive o privilégio de assistir, entrem em:
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