domingo, 28 de setembro de 2014

Samuel, Samuel Úria ... má poesia feia ...



Dizem que não há mulher feia
Também não há má poesia.
Que a natureza a tudo premeia
Não há menina que nasça gentia,
Nem palavra que nasça alheia.


De quem critica está a vida cheia.
E criticar é que é vida vazia.


Mas cá para mim...
Mas cá para mim... isso são só desculpas de quem não se depila,
O buço e o soneto, o alexandrino e a axila.
Cá para mim isso são só desculpas, para quem tão mal se andraja,
Com calças largas de homem, a escrever coisas de gaja
 

domingo, 21 de setembro de 2014

Méééé



IX

Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E todos os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos


quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Maratona Fotográfica FNAC Lisboa 2014


Lisboa é grande, luminosa, bonita e muito fotogénica. Vaguear pela cidade com temas específicos para fotografar é uma aventura.

A lista dos artistas vencedores da edição de 2014 da Maratona Fotográfica FNAC Lisboa pode ser consultada AQUI, sítio onde as suas fotografias podem ser apreciadas.

Para quem tiver curiosidade, deixo aqui as obras de pouca arte que produzi nessa, ainda assim, memorável Maratona:


 Tema 1 - Pelo Tejo vai-se para o mundo


 Tema 2 - Festa brava


Tema 3 - Tema livre


 Tema 4 - 130 Anos 
(O título refere-se ao aniversário do Zoo de Lisboa)
[A foto escolhida não foi esta mas, sem autorização da Milou (que tirou esta foto), não a posso publicar por aqui!]


 Tema 5 - O livro em festa


 Tema 6 – Contrastes


Tema 7 - Lisboa em festa

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A brincar com a Lua


Ó lua que vais tão alta
esbelta como um chaparro
Esses teus olhos, menina,
são como as rodas dum carro.




Ó lua que vais tão alta,
redonda como um tamanco.
Ó Maria traz cá a escada,
Qu’eu não chego lá c'o banco.



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