sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

MySpace

Já me referi aqui a Amy Winehouse a propósito dos seus vários prémios Grammy Awards na gala deste ano. Mas nunca é demais falar desta moça. Ela não é exemplo para ninguém. A sua voz marca, mas ela está a ficar mais marcada pelos seus vícios que pela sua arte. Se os seus prémios, a sua música e os seus espectáculos são notícia, os seus internamentos devidos aos excessos de drogas e de álcool, marcam-lhe a imagem de forma que os media não deixam escapar.

O seu aspecto frágil, e toda aquela má vida, fazem adivinhar que ela vai ser mais uma estrela morta prematuramente. Enfim, é pena, mas ela já é maior e vacinada, e tem direito a fazer da vida dela o que muito bem entender.

Tudo isto porque cheguei por mero acaso ao site MySpace da Amy, que, não sendo lá grande coisa do ponto de vista gráfico, pelo menos tem a virtude de ter músicas da diva para se ir escutando. Por isso, enquanto aguardamos o seu próximo excesso, enquanto esperamos que ela viva mais uns tempinhos para fazer mais umas gravações, se puderem, passem por aqui.

O MySpace tem permitido a revelação e descoberta de gente que acaba por conseguir mostrar e vender a sua música. O caso mais recente passa pela californiana Colbie Caillat que com o seu hit “Bubbly” vai dominando tabelas por todo o mundo. A moça expôs-se no seu site MySpace e houve alguém da Universal que a escutou e resolveu investir, e hoje ela está rica e famosa.

Por causa dela, e de outros casos similares, nascidos na plataforma mais falada do momento, impõem-se umas visitas ao MySpace, para aferir o que por lá mora.

Querem o MySpace da Colbie Caillat, pois hoje não estou para vos ajudar. Façam uma busca. Vão ver como é fácil e vale a pena.
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Os mais de três milhões de visitantes confirmam-no …

... e o número de visitas do “serra e mar” está quase a atingir esse nível!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Cidade dos anjos

Tenho andado a queimar uns DVDs e até umas cassetes VHS antigas que tinha armazenado à espera de uma oportunidade.

Há sempre uns filmes de que já ouvimos falar mas que ficaram em agenda, à espera da tal ocasião. E chegou a vez da “Cidade dos anjos”, filme de 1998. Ora, só esperou 10 anos! O que é isso para os anjos?

Provavelmente só eu é que ainda não tinha visto este filme… mas chegou a minha vez. Como valeu a pena, aqui estou a dar notícia do facto.

A história é simples e conhecida. Um anjo que se apaixona por uma jovem médica e se vê no meio de uma difícil decisão: continuar a ser um anjo ou tornar-se mortal e viver a paixão existente entre os dois.

Parece estranho. É mesmo esquisito…

Nicolas Cage e Meg Ryan portam-se à altura, principalmente o primeiro no seu papel de Seth. Mas as interpretações não estão ao nível de outros papéis que já vimos.

A realização é de Brad Silberling mas o filme cheira a Wim Wenders por todos os lados … continua parado e arrastado como a versão original no velhinho “Asas do Desejo”, filme alemão que em 1987 me fez dormir no velho Quarteto.

Mas na “Cidade dos Anjos” a história vai-se desenrolando de forma mais agradável, ganhando o filme pela sua banda sonora… essa sim fantástica.

Tem U2, Alanis Morissette (e “uninvited” é uma grande música que na altura esteve nomeada nos Globos de Ouro e nos Grammy, na categoria de melhor canção original), Paula Cole, John Lee Hooker, Goo Goo Dolls (fantástico!), Peter Gabriel, Jude, Eric Clapton e Gabriel Yared.

Mas não só, principalmente tem SARAH MCLACHLAN a cantar “angel”, uma faixa que mexe com qualquer um, e que a Mafalda continua a usar como toque no telelé.

Dêem uma escutadela do CD, e vão ver como apetece comprar. Por exemplo aqui: http://www.americanas.com.br/prod/490/CDStore

Quanto à Sarah, oiçam e constatem como ela tem uma voz angelical. Vejam e oiçam no YouTube, por exemplo aqui (o Youtube tem muitos outros vídeos mais conseguidos, mas este tem tradução):

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Um “Beijo” com “Sulfitos”

Gosto de vinho. Não aprecio branco. O que eu gosto mesmo é de vinho, i.e., tinto.

Eu sei que anda por aí uma onda de promoção aos brancos, revelando que são dotados de misteriosos sabores que há que descobrir, mas nada disso afasta a dor de cabeça que os brancos me provocam. Não sei porquê, mas é assim.

Gosto de vinho, mas não tenho palato para apreciar a pinga como vejo alguns amigos fazer, escanções de ocasião que de alguma forma invejo. No vinho como no futebol, gosto de ver (ou de beber, no caso), mas não percebo nada do ponto de vista técnico. Mas gosto!

E hoje tive direito a um “Ramos Pinto, Collection, 2005”.

Trata-se de um Douro. É lá que se estão a produzir grandes castas. Aquele chão continua a dar uvas!

Como não sei descrever os taninos, revelar qual o exacto sabor frutado ou os perfumes intensos, ou fazer outras análises bonitas que se lêem nos livros e na imprensa da especialidade, resta-me dizer-vos que este vinho sabe a tinto. Logo, é bom.

Justifica plenamente os 15 € que custou. E está tudo dito!

Mas confesso: Eu comprei este vinho por causa do rótulo. Uma delícia que eu quero aqui partilhar (já que quanto ao vinho … já não há para repartir!)


Viram! Não é um regalo de rótulo?
É uma imagem de marca de velhas garrafas de vinho do Porto. Mas assenta muito bem nesta “Collection”.

Sobre o vinho, resta-me reproduzir as indicações que o produtor fez constar na garrafa. Pode ser só propaganda, mas aqui vai:

A Casa Ramos Pinto, fundada em 1880, selecciona as melhores uvas das suas quatro propriedades no Douro para elaboração dos seus vinhos.
COLLECTION é o resultado da ligação cultural com a produção de grandes vinhas. Iniciámos este ano o lançamento do primeiro de uma colecção. Cada ano terá uma apresentação diferente, baseada na riqueza patrimonial da Ramos Pinto e reflectirá as especificidades dessa vindima. Elegante, saboroso, intenso, perfumado, este vinho sabe a “Beijo” … e foi elaborado a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Barroca. Foram engarrafadas 40.000 garrafas


Pois já só andam por aí 39.999. Apressem-se. Como vêem, esta pinga sabe a “Beijo” (sabe Deus de quem!).

Estava tudo bem, não fosse a indicação final constante no rótulo: “Contém Sulfitos”, seja lá o que isso for. Havia necessidade?

Até fiquei com azia…

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A esteva e as cabras

Sou do campo.
Melhor, nasci no interior campónio e a partir de então tenho saltitado de terra em serra, embora a grande maioria da minha vida tenha ocorrido em cidades ou arrabaldes.
Ainda assim, continuo agarrado às origens.
Por isso, sei bem o que é uma esteva.
Ao contrário dos meus filhos, e a culpa é minha, aceito!

Tudo isto porque estou a ajudar o meu filho (e um animado conjunto de colegas) a fazer mais um daqueles trabalhos de grupo da escola moderna (quem terá sido o lorpa que os inventou e o impingiu aos professores que tanto os apreciam?). Desta vez, na disciplina de “Ciências da Natureza”, o trabalho implica o estudo, análise e qualificação de várias plantas. Como bom campónio montanhês, sugeri-lhes que estudassem a esteva, e eles aceitaram. Consequência, estou a estudar com eles, e não posso deixar de partilhar aqui uma das curiosidades relativas à esteva.

A esteva de que aqui falo é uma planta que todos reconhecem com a fotografia anexa. Em latim – e sabe Deus porque é que as plantas continuam com um nome científico numa língua morta! – é Cistus ladanifer L..

Ora, se já passearam pela serra (ou até à beira mar!) e tiveram curiosidade de tocar nas folhas da esteva, notaram certamente que o raio da planta é pegajosa e, como tal, desagradável ao toque.

Isso deve-se ao facto de a planta produzir uma resina denominada ládano (ládano – ladanifer, estão a ver o porquê do nome no latinório?).

O ládano produzido pela esteva é usado para fins medicinais e em perfumaria.

A curiosidade que me fez escrever este post, está no método usado antigamente para a colheita do ládano das estevas, para os referidos fins.

Pois bem, os carolas dos nossos antepassados utilizavam rebanhos de cabras que se colocavam a pastar em zonas de grande densidade de esteva. De seguida, penteavam o pêlo e barba dos animais para recolher a resina. O resultado final consistia numa resina (ládano) aromatizada com um odor, manifestamente agradável, a cabra e a bode.

QUE HORROR!!!!!!!!!!

sábado, 23 de fevereiro de 2008

… e depois do adeus …

Lembram-se da canção que serviu de senha de início da revolução de 25 de Abril de 1974. Claro, ela constitui um marco na vida de toda a gente que na altura já sabia o que é viver.

Hoje ouvi o Paulo de Carvalho (magnificamente acompanhado ao piano por Victor Zamora, um cubano cujo nome e referência não devem deixar escapar, um virtuoso … vão por mim …) encerrar mais um espectáculo, com o “e depois do adeus”. O homem anda danado porque estão a usar o tema e a sua voz num qualquer anúncio publicitário, sem que ele esteja a ganhar os devidos direitos de autor, mas isso agora não interessa nada. A canção (que em 1974 ganhou o festival!) Não foi o ponto alto do concerto, que teve momentos bem mais vibrantes, inovadores e surpreendentes. Mas não é possível ficar insensível à música, ao poema e ao significado histórico daquele tema. E o Paulo canta aquilo cada vez com mais força e mais encanto, sendo que, acompanhado apenas com um piano, sem exuberâncias orquestrais, não só somos agarrados pela música, como somos arrastados para acompanhar o poema, que tantas vezes já ouvimos, que nem chegamos a apreciar o conteúdo, o alcance.

Ainda sou do tempo em que mandávamos músicas destas ao festival da Eurovisão. Sou do tempo em que se usavam mensagens destas para dizer basta a um regime sem liberdade. Por isso, estou velho. Não compreendo como é que o Paulo de Carvalho continua com aquela voz como se fosse jovem, com aquela mentalidade, com aquela alma …

Ora, metam lá os auscultadores na cabeça … sentem-se no sofá, fechem os olhos … recuem uma trintena de anos (quem a tiver para recuar …) e acompanhem a letra que vos deixo aqui (para isso têm que abrir os olhos!) … afinal, lá no fundo, todos ainda têm guardado um jovem revolucionário. Deixem-se de tretas e a seguir vão lá escutar umas faixas do Zeca. Ele também merece a nossa memória.
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Se já não têm forma de passar o velho LP, e não dispõem de outra forma para escutar o tema, podem ouvir no seguinte endereço … embora o som … enfim … vocês lá sabem. Aliás, foi lá que fanei a foto que se segue. O Paulo já não está com este ar. Melhorou um pouco!!! A foto inicial está disponível para download no site oficial do artista ...
http://rubicat.no.sapo.pt/paulocarvalho.html



Para que conste, a música é do António Calvário e a letra do José Niza.
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Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.


Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder


Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci


E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...


E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós


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Se ficaram com vontade de visitar o site do Paulo de Carvalho, ele mora em:


E, já agora, se quiserem ver o MySpace do Victor Zamora vão a:

http://profile.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewprofile&friendid=134941399

Querendo ver o site relativo ao recital de piano & voz a que eu tive o privilégio de assistir, entrem em:

http://www.rollsrock.com/piano_e_voz/index.htm

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

A Ti Libânia


Quem me conhece, sabe que nasci no campo.

Na altura, as maternidades não eram fechadas. Os actuais socialistas ainda não tinham chegado ao governo.
Na altura, os nascimentos nas ambulâncias estavam longe de atingir os fantásticos níveis de hoje.
Na altura, no Portugal profundo ainda não havia maternidades nem ambulâncias. No governo estavam uma espécie de nacional-socialistas!
Por isso e por várias outras contingências nasci em casa, como se usava então e agora se faz por gosto e por moda.

Na falta de apoio médico, fui puxado por uma parteira. Bem! Não era bem uma parteira encartada, mas uma amável vizinha que tinha umas mãos mágicas, quer para fazer nascer meninos, quer para cavar batatas, mas principalmente para endireitar ossos.

Era a Dona Libânia, ou como se dizia lá na terra, a Ti Libânia.

A Ti Libânia tinha a arte de conhecer todos os ossos e tendões do corpo humano, de forma bem mais precisa que a maioria dos ortopedistas que por aí andam. Por isso, havia um permanente corrupio de gente na direcção da casa da Ti Libânia, vinda dos mais diversos e distantes locais do país. E ninguém saia dali sem o devido tratamento, fosse que hora fosse.

A Dona Libânia faleceu há já alguns anos. Deixou saudades aos muitos pacientes, aos poucos vizinhos e a este isolado nascido nas suas mãos … roxinho e quase morto, como rezam as histórias que se contam sobre o evento, resolvido uma vez mais com mestria pela saudosa parteira (com a mesma perícia e competência que mais tarde me colocou no local certo, um pulso deslocado com um malfadado arco feito com um pneu de tractor … que saudades!!!!!!!).

Recentemente fui à aldeia, à rua e à casa onde nasci. E foi aí que vi com agrado que as ruas da aldeia ganharam direito a onomástica com pequenas homenagens ao povo local. E, como era de justiça, lá estava na rua da casa da Ti Libânia, uma placa toponímica com um singelo tributo à saudosa Libânia da Conceição Miranda – Endireita.

O povo, simples, analfabeto em demasiados casos, soube escrever direito naquela rua torta, que a Ti Libânia não podia endireitar.

E eu senti-me feliz.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Quarteto Netnakisum

Para uma noite de sábado escolhi ir ver e ouvir as meninas “Netnakisum”.

Só vos digo, foi um fantástico tiro no escuro.

A coisa era apresentada pelos organizadores do espectáculo com estas palavras:

«Original, refrescante, atrevido, e único.
Estes seriam os atributos que mais seriam adequados para uma descrição deste quarteto de cordas. São quatro jovens finalistas do Conservatório de Viena que se juntaram e criaram algo de novo, sem cair na banalidade dos ritmos pop e “aligeirados”. São instrumentistas de alta escola que brincam por vezes com a própria música erudita, sem nunca deixar cair o nível musical e técnico.
Lógico que os membros de um quarteto de cordas não assobiam ou cantam, o que de certa forma é desconcertante para um publico conservador como o Austríaco. A juventude é irreverente por natureza e esse facto estará na génese deste grupo.
É uma lufada de ar fresco. Não porque os quartetos de cordas na sua forma original sejam aborrecidos, mas, porque o talento destas jovens transborda para a música étnica, e se entranha na erudita, com virtuosismo pelo meio. Quem sabe um pouco de musica sai bem disposto e agradado deste concerto.
Já actuaram por toda a Europa e América Latina pelo que temos orgulho de sermos os primeiros a apresentá-las em Portugal, nomeadamente em Lagoa
».

Esta Lagoa é no Algarve (e não a irmã gémea dos Açores).

“Virtuosismo” é uma boa palavra para definir as “Netnakisum”. Mas o “original” cai-lhes muito melhor.

A sala, muito acolhedora e com uma acústica a condizer, serviu na perfeição para as meninas mostrar a sua arte.

Apresentaram-se com fardas tirolesas, típicas do seu país, o que logo fez quebrar o gelo com o público que não sabia muito bem o que o esperava. E o que o aguardava não parava de surpreender durante todo o show. Fazer rir com quatro instrumentos de cordas não parece fácil. Mas não vi ninguém no público que não tivesse sorrido muito e gargalhado em algumas partes do espectáculo.

As “Netnakisum” dominam os instrumentos que tocam com leveza e precisão, deambulando entre trechos de música clássica, popular, pop e própria, sim, que elas também compõem.

Só quem já atingiu um nível técnico muito elevado pode brincar com os clássicos como elas fazem.

E lá fomos saltando de um medley de Strauss (um pot-pourri, como elas lhe chamaram) para um tema do Tirol, para um “Because” dos Beatles, um tema de amor da Servia, um Mozart animado e muito mais que não sei descrever e identificar num saltitar permanente entre sons eruditos e étnicos.

Para animar, as moças tocaram acompanhando as músicas com dança, canto, falas e gritos tiroleses que entusiasmaram a plateia (composta na sua maioria por estrangeiros que sabem aproveitar o que os nativos desprezam).

Enfim, um simples quarteto de cordas num palco nu proporcionou um espectáculo pouco comum. Mas ainda menos habitual é ver por estas bandas espectáculos tão originais e surpreendentes.

Os que viram e ouviram, não me deixam mentir.

Aos que não foram, resta-lhes esperar que um dia … talvez …

... é verdade ... até lá sempre podem comprar o CD e escutar sem ser ao vivo. Mas como sabem, não é mesma coisa ...

Se querem ouvir uns demos, podem ir até aqui:
http://musicaonline.sapo.pt/album/12570799/Netnakisum_-_Netnakisum

Ou ir até ao site do grupo onde também se podem escutar algumas faixas: em http://www.netnakisum.at/cms/

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Teste de futebol para mulheres

Nunca percebi a utilidade de um blogue.
Não compreendo o que leva as pessoas a ver e ler blogues.
Muito menos entendo porque é que tantas pessoas perdem tempo precioso das suas vidas a escrever e editar blogues.
Por isso, não me entendo ...
Porque gasto eu tempos infindos a percorrer tantos e tão imaginativos blogues?
Principalmente, porque perco eu tempo a escrever estas coisas, se ninguém nunca as vai ler? (… o que eu, aliás, compreendo, uma vez que isto não interessa a ninguém!)

Enfim, serve esta profunda reflexão para dizer que, ao contrário de muitos escribas da net, não tenho problemas em admitir que vou usar o truque que muitos utilizam e não revelam. Não tendo imaginação para escrever coisas novas e motivadoras, vou passar a fazer uns plágios. Aqui não existem riscos de protecção de direitos de autor, uma vez que, como isto não é lido por ninguém, não vou usurpar qualquer obra.

O truque mais comum na blogosfera é a publicação de temas que circulam pela net em mails. Pode não ser bonito. Deve ser evitado como muito bem escreve o Marco no seu Bitaites (http://bitaites.org/outros-blogues/tres-razoes-para-nao-escrever-posts-com-emails-que-recebemos). Contudo, como eu não aspiro a ser um blogger a sério como ele, com originalidade, credibilidade e presença (entãobaitembora!), quando entender que devo dar conhecimento de algum conteúdo, que me for enviado e eu achar que devo partilhar, não vou perder a oportunidade de aqui deixar um post para os meus amigos também se poderem divertir. Quem já conhecer, que me perdoe o pecado, porque eu não sou um blogger (bloguista?, blogueiro?) sério, mas também não tenho emenda.

Tudo isto para dizer que me estive a rir com um mail, mais um dos muitos que anda por aí e que não resisto a reproduzir neste blogue que não é sério, não pretende ser original, credível e peca por uma manifesta falta de presença.

Mas vêem, sou honesto. Não sou o autor da piada e também não quero assumir tal paternidade. Porém, também não sei a quem pertence a autoria, e isso agora não interessa nada.

Trata-se de um teste sobre futebol, que vem com o título de “teste de futebol para mulheres” (o que se compreende, embora andem por aí meninas que percebem muito mais de bola do que eu). O teste vem do Brasil, pelo que comporta expressões como Goleiro, Zagueiro e quejandos. Ainda substituí alguns termos para evitar que as “mulheres” tenham desculpas de linguística para falharem respostas. Mas, lá mais para o fim, deixei ficar os termos brasucas, quanto mais não seja em homenagem ao Filipão que também teve que aprender que, em Portugal, pimbolim é matraquilhos, aeromoça é hospedeira, cadarço é atacador … enfim cá vai:


1 - Lateral esquerdo da Selecção Brasileira:
( ) Roberto Carlos ( ) Erasmo Carlos ( ) Ney Matogrosso

2 - Ex-capitão da selecção brasileira:
( ) Dunga ( ) Soneca ( ) Feliz

3 - Avançado da Argentina:
( ) Batistuta ( ) Prostituta ( ) Filho da puta

4 - Atacante do Chile:
( ) Salas ( ) Cozinhas ( ) Banheiros

5 - Médio da Colômbia:
( ) Valderrama ( ) Valderruba ( ) Valdestrói

6 – Médio da França:
( ) Zidane ( ) Ziferre ( ) Zifoda

7 - Atacante da Croácia:
( ) Boban ( ) Tontan ( ) Idiotan

8 - Jogador da Espanha:
( ) Amor ( ) Paixão ( ) Tesão

9 - Atacante da Argentina:
( ) Crespo ( ) Liso ( ) Pichaim

10 - Jogador do Paraguai:
( ) Enciso ( ) Preciso ( ) Indeciso

11 - Lateral direito da Selecção Brasileira:
( ) Cafú ( ) Tofú ( ) Sifú

12 - Jogador da Áustria:
( ) Schopp ( ) Scerveja ( ) Stequila

13 – Guarda-redes do Chile:
( ) Tápia ( ) Sóquio ( ) Múrrio

14 – Ex-Capitão da Espanha:
( ) Hierro ( ) Hiengano ( ) Hiequívoco

15 - Jogador da Nigéria:
( ) Okocha ( ) Operna ( ) Ojoelho

16 - Goleiro dos Camarões:
( ) Songo ( ) Mongo ( ) Gongo

16 - Zagueiro da África do Sul:
( ) Mark Fish ( ) Mark Bacon ( ) Mark Happy Meal

17 - Zagueiro da África do Sul:
( ) Issa ( ) IUPIIII ( ) Woo Hooo!!

18 - Jogador do Paraguai:
( ) Caniza ( ) Canizeta ( ) Canizola

19 - Jogador do Paraguai:
( ) Sarabia ( ) Siraque ( ) Semirados Sarabes Sunidos

20 - Atacante da Noruega:
( ) TA Flo ( ) TA Fluta ( ) TA Veldula

21 - Atacante da Iugoslávia
( ) Mijatovic ( ) Peidatovic ( ) Cagatovic

22 - Atacante da Holanda:
( ) Cocu ( ) Cabunda ( ) Casnádegas

23 - Goleiro reserva da França:
( ) Lamas ( ) Barros ( ) Argilas

24 - Jogador da Colômbia:
( ) Santa ( ) Poderosa ( ) Vitaminada

25 - Atacante da Espanha:
( ) Kiko ( ) Chaves ( ) Sr. Madruga

26 - Lateral da Argentina
( ) Sorin ( ) Aerolin ( ) Spray Nasal

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

S. Valentim


… para a Mafalda

Herbie Hancock


Tal como foi sobejamente noticiado, Amy Winehouse foi a grande vencedora dos Grammy Awards, na 50ª gala, que decorreu na madrugada da passada segunda-feira, em Los Angeles.

Para a história ficará a Amy pelos seus 5 prémios. E como eu concordo com o juri…

Se eu pudesse escolher estaria com eles. Sou um fã da moça e continuo sem compreender onde vai ela buscar aquela voz, uma vez que o seu corpo, de pele branca e físico franzino, não se mostram próprios para aquele timbre e amplitude sonora.

Acresce que a canção "Rehab" não é canção do ano … é, para já, a canção do século, que ainda é curto e permite estes exageros.

Mas o que me fez aqui escrever hoje, foi o prémio do álbum do ano atribuído a "River: The Joni Letters" de Herbie Hancock.

Já ouviram?

Se ainda não, experimentem por exemplo aqui:
http://www.amazon.fr/River-Joni-Letters-Herbie-Hancock/dp/B000UVLK1M/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=gateway&qid=1203026570&sr=8-1

É de louvar a coragem de premiar um disco de jazz, embora, como é evidente, tal só aconteceu por se tratar de uma homenagem à música de Joni Mitchell e não porque o júri resolveu ouvir e apreciar o som de Herbie Hancock, que sabemos não ser fácil.

Ainda assim, é bom ver um disco de jazz receber uma distinção num torneio que muitas vezes premeia medíocres para esquecer os génios.

E quem ainda não dedicou um pouco da sua vida a escutar Herbie Hancock, está na hora de recuperar.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

D. Pedro IV

Hoje ouvi na rádio uma história curiosa que já tinha visto aflorada não sei onde.

A propósito de um ciclo de cinema que está a decorrer na cinemateca sobre regicídios, e de um filme sobre a morte do imperador Maximiliano, no México então dominado por Napoleão III (JUAREZ, Derrocada de Um Império De William Dieterle, Estados Unidos, 1939), um comentador referiu a possibilidade de a estátua de D. Pedro IV, no Rossio, em Lisboa, não representar aquele rei mas o imperador Maximiliano do México. Como entretanto mataram o imperador antes de a estátua estar concluída, teriam oferecido a obra a Portugal, que assim conseguiu uma estátua para embelezar o Rossio, a baixo preço.

Será?

Creio que é uma lenda, mas a história não deixa de ser curiosa (nos registos consta que se trata de um monumento da autoria do arquitecto Gabriel Davioud e do escultor Elias Robert, inaugurado em 1870).

O certo é que a estátua foi colocada no cimo de uma coluna tão alta (27,5 metros de altura) que ninguém consegue ver bem as feições do rei.

Aliás, porquê uma estátua de D. Pedro IV no Rossio?

É verdade que o homem foi um marco na história de Portugal.

Primeiro abdicou do trono português a favor da sua filha, D. Maria.

Depois, abdicou da coroa imperial do Brasil e veio ajudar a sua filha D. Maria nas lutas com D. Miguel.

Pouco tempo depois de D. Miguel se render (alguém se lembra da convenção de Évora-Monte de 25 de Maio de 1834?), D. Pedro IV morreu.

Trata-se, assim, de um rei que passou a vida a rejeitar coroas, mas que foi um grande lutador pela liberdade dos povos (quer no Brasil, quer em Portugal).

Por isso, D. Pedro IV tem uma estátua em Lisboa, outra no Porto e ainda uma no Rio de Janeiro.

Se a estátua do Rossio afinal não o representar, não lhe faltam estátuas de homenagem.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Berardo

O Centro Cultural de Belém, em Lisboa, foi ocupado em grande parte por Joe Berardo, que ali tem em exposição algumas das obras do seu valioso espólio.

Ver, apreciar e principalmente compreender arte moderna exige uma abertura de espírito especial.

Em recente visita à capital fui ver a exposição.

Abrindo todo o espírito, consegui ver, apreciar e por vezes compreender o material que está exposto. Se já custa classificar algumas das obras como arte, muito maior é o esforço para compreender o valor que lhes foi atribuído. Ainda assim, a arte moderna é sempre surpreendente. Pelo conteúdo, pelas técnicas usadas e muitas vezes pela dimensão.

Recomendo uma especial atenção para a grande tela (óleo sobre tela) de Roberto Matta (Watcham, What of The Night?, 1968), da qual deixo aqui um pequeno pormenor.

Se a colecção Berardo está para ficar, a exposição temporária que se encontra no mesmo museu é isso mesmo, temporária. E garanto-vos que merece uma visita. Surpreende, até pela diversidade. Para abrir o apetite, deixo aqui uma fotografia de um assombroso quadro (Retrato de Jacqueline, 1984) de Julian Schnabel, que mistura colagem de cacos (perdão, cerâmica!) com pintura a óleo, produzindo um efeito admirável.

Vão ver …

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Por Tutatis!

Ideiafix” remete-nos, como é óbvio, para a famosa aldeia gaulesa da banda desenhada de René Goscinny e Albert Uderzo.

Quem não gostar desta fera, ponha o dedo no ar!

Mas já notaram que o feroz cão, cujo nome gaulês é Ideiafix, tem sido renomeado pelos britânicos como "Dogmatix".

Dogmatix?

Que eles chamem Getafix ao Panoramix, enfim …

Mas apodar o Ideiafix de Dogmatix é infame!

Por Tutatis!

Mais um dia comum, uma Segunda-feira!




Pela minha frente passaram homens, mulheres, filhos, filhas, maridos, esposas, ex-mulheres, ex-maridos, padrastos, cunhadas, amigos, conhecidos, colegas de trabalho, o carteiro, a vizinha….

A balança pendeu, ora para um lado, ora para outro…

Mais um dia comum, uma Segunda-feira!

"Quanta Terra"


Uns fantásticos amigos vieram jantar ao “Serra e Mar” acompanhados por um Douro, Grande Reserva, de 2004, com o nome de “Quanta Terra”.

Já provaram? Não? Então experimentem que não se arrependem.

Trata-se de um vinho engarrafado em 2006, por “Quanta Terra – Sociedade de Vinhos, Lda.”, Alijó. Diz que tem 14,5% vol., e depois de respirar o tempo necessário, mostra ser um “Douro” de bom nível.

A acompanhar uns maranhos de Vila do Rei … deixou saudades.

Mais um Blog!

Para quê mais um Blog!
Para Nada!
Para que serve este Blog!
Para nada!
E ainda assim, para tudo!

Vamos fazer o que todos fazem, sem querer imitar ninguém.
Vamos partilhar ideias (quando as tivermos. Como isso é raro, não vamos enfadar ninguém…)
Mas vamos principalmente expor situações do dia a dia que entendermos merecer um comentário, uma análise ou apenas uma referência.
O tempo, precioso para todos, também não abunda no “Serra e Mar”. Por isso, vamos “postar” sem prazo, mas sempre que apetecer…
Para partilhar um livro, um filme, o vídeo que anda por aí e merece ser visto, a música, o “site”, as fotografias de que gostamos, o restaurante, a comida ou aquela marca de vinho que nos deu volta à cabeça. Tudo tem aqui espaço.
Enfim, este blog é o nosso bloco de notas, o nosso “Moleskine”, electrónico e aberto ao mundo, embora saibamos que muito provavelmente só nós é que o vamos ler e ver. Nós e alguns Amigos, a quem vamos impingir uma visita (para quem nos está a ler porque impusemos este endereço, que saiba que provavelmente é o primeiro estranho a ler esta “coisa”).
O “Serra e Mar” é, então, um Blog pessoal e para amigos. Por isso, se por aqui passaste perdido na tua navegação divagante, fica à vontade. Quem sabe se, de turista acidental, não te convertes em mais um amigo do “Serra e Mar”.