sexta-feira, 2 de maio de 2008

Desacordo Ortográfico

Uma crónica que costumo gostar de ler no Barlavento tem o curioso nome de “No Condado d’Abranhos” e é da autoria de Afonso Dias, alma que vi a recitar poesia num espectáculo recente («In nomine amoris», concebido e escrito por Zoran Stojanovic) e que tem ar e escrita de pessoa bem humorada.

Na crónica publicada na edição de 10 de Abril, para além de abordar outros assuntos menores [Alberto João Jardim, Jaime Gama - “o antigo Bokassa do défice democrático”, Jorge Coelho, Mota-Engil, Fernando Gomes, Galp, Pina Moura, Iberdrola, Armando vara, Millenium, o Iva, a Esmeralda (esta sim mesmo menor)], Afonso Dias escreveu sobre o “acordo ortográfico”.

Entre tanto que já vi escrito e dito sobre este desacordo, gostei do que li “No Condado d’Abranhos” Por isso, peço autorização para aqui o reproduzir.

Estou autorizado?! Obrigado grande Afonso Dias!

Pois cá vai:

«Ah é verdade!... O acordo ortográfico. Serve para quê? Será para aliviar alguma má consciência imperial? Para pôr os timorenses, os goeses ou os macaenses a falar ou a escrever em português, coisa que não acontecerá, de todo, daqui a, no máximo, dez anos? Para diminuir o peso do crioulo no falar e no escrever cabo-verdiano? Para quê? A verdade é que, à parte o Brasil – que ainda não conseguiu impor que lhe escrevam o nome com “s”. Todo o mundo que fala português escreve Brazil – à parte o Brasil, dizia, todos os falantes e escreventes da língua portuguesa fazem-no em português de Portugal. Com as minúcias e particularidades regionais. Com a criatividade que fabrica palavras e entendimentos. Fuck! … (ou será Fuk?)»
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Se não gostas do “acordo ortográfico” e queres assinar a petição encabeçada por Vasco Graça Moura contra o dito, vai ao:
MANIFESTO EM DEFESA DA LÍNGUA PORTUGUESA

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