Gostava de te convidar para minha casa,
como aos amigos nos velhos tempos.
Abria uma garrafa de vinho e contava-te de quando era
pequeno
e tu contavas-me como te corre o emprego, o amor.
Vemo-nos todos os dias e falamos tão pouco.
Estendo-te a mão e às vezes dás-me uma moeda,
mas falamos tão pouco.
Gostava de te convidar para minha casa
mas não tenho casa, vai ter de ficar para a próxima.
Filipa Leal, “Nocturno para Varsóvia” in Vem à Quinta-feira
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