terça-feira, 11 de novembro de 2008

Anaquim


Fui apanhado por uma canção … é raro … mas acontece …

Dei por mim, na Fnac, à procura de um disco, que afinal ainda não tinha saído.

A Fnac ainda não tem, mas a net dá uma ideia do que aí vem e anuncia que o EP “Prólogo” já está disponível.

Trata-se de Anaquim (José Rebola e mais quatro). A faixa que me embeiçou chama-se “Na minha rua”.

Se não conhecem, escutem no
Myspace dos Anaquim

A letra da "minha rua" reza assim:

Na minha rua, há restos de vidas
Restos de famílias de mães desaparecidas
E outras há que deram vida às vidas que por ali param
Vindas de passagem e de passagem lá ficaram
Na minha rua há restos de cartazes
Restos de eleições, de “sim ao aborto” e outras frases
Que eu não votei mas fiz pressão p’ra que outro alguém votasse
E a minha consciência passa a vida num impasse
Na minha rua há restos de mim por todo o lado
Espalhados pelo tempo e pelo espaço
Na minha rua há restos de mim por toda a parte
Rasgados e atirados pelo ar
Na minha rua há restos de namoros
De beijos e abraços de zangas e desaforos
E eu não tive ninguém que se dignasse a odiar-me
No meu mau feitio de preguiça, humor e charme
Na minha rua há restos de noites,
Restos de garrafas, bebedeiras e açoites
Gemidos disfarçados p’la euforia dos turistas
À porta de boîtes tão baratas como ariscas
Na minha rua há restos de mim por todo o lado
Espalhados pelo tempo e pelo espaço
Na minha rua há pedaços de mim por toda a parte
Rasgados e atirados pelo ar
É tão bom saber que há vida assim
Ai faz tão bem, saber com quem contar
Eu quero ir, poder então fugir
É bom p’ra mim é bom p’ra quem tão bem me quer

1 comentário:

Anónimo disse...

É pá, tu às vezes tens cada uma...