Guimarães, Vinte e Nove de Janeiro de Dois Mil e Quinze,
Escrevo-te enquanto tomo
chá (para amenizar a constipação). Não sabes quem sou, mas não virá disso
grande mal: nada perdes, a não ser (se calhar) quando uso aquelas Levi's que me
assentam bem no rabo.
Gosto (defeito ou virtude)
do que é genuíno, e tu, por Amália, és genuína!
És Poema do Ary, português
como o Galo de Barcelos. Um Cravo colhido aos acordes do (Alcino) Frazão. E
cantas. E encantas. E arrebatas. E mostras as pernas (Ah! Que bela visão!).
Cantas em Lisboa o resto de
Portugal: cantas em Lisboa a Lisboa que é também Minho, Trás os Montes e Alto
Douro, Douro Litoral e as Beiras, e por aí adiante. Cantas em Lisboa o Portugal
que te cabe no Peito. E eu oiço. E eu calo. E eu penso. E o teu cabelo, e os
teus olhos, e as tuas mãos, e a tua boca, e a tua voz, e o teu jeito fazem o
que sabem (magistralmente) fazer: Fado.
Tu és (se és!) Fado. Tu és
Portugal.
P.S: E as tuas pernas
Texto de Paulo César Gonçalves (publicado na página do Facebook de Gisela João)
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