Na minha infância vivi numa aldeia atravessada por uma
estrada nacional que a determinado passo era ladeada por dois eucaliptos
enormes, imponentes do tronco à copa, ainda mais surpreendentes para os olhos
de um menino cujos horizontes pouco além iam da altura das majestosas árvores.
Ainda hoje, quando vejo ou penso em eucaliptos, lembro-me da enormidade das
árvores da minha meninice. E recordo com saudade as suas cascas que faziam
rolos extensos, as folhas bem cheirosas e as bagas que largavam uma divertida
cápsula parecida com uma boina basca com bico ao centro(!?).
Como devem calcular, o homem mau já dizimou os meus
eucaliptos que devem ter gerado boas resmas de papel.
Por isso, como dos meus eucaliptos só resta a lembrança, fica a reportagem feita à volta de um majestoso eucalipto que recentemente se cruzou
comigo e pediu para ser fotografado.
Que seja pela memória dos falecidos
eucaliptos da minha infância, também ela há muito fenecida…
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