Qual a ligação entre a
Ferrari e a aviação?
Não tem nada a ver com o facto de os Ferraris voarem baixinho! O elo está na história do logotipo da Ferrari: O
Cavallino Rampante.
Aquele emblema, que se transformou num ícone mundial, foi criado por um aviador italiano Francesco Baracca (...
mas tinha que haver um Francisco envolvido?!), piloto esse que resolveu pintar no seu avião um cavalo empinado, muito semelhante ao que consta nesses carros vermelhuscos que andam por aí a criar invejas nas estradas e a perder corridas de Formula 1.
O Conde Francesco Baracca foi um aviador italiano que, no início da 1ª Guerra Mundial, percebeu que o avião seria a grande arma do futuro. Com a sua frota de aeronaves conseguiu muitas vitórias que o destacaram na guerra e o tornaram herói.
Baracca mandou pintar um cavalo no seu avião, sendo essa imagem que posteriormente veio a ser usada pela Ferrari. Aconteceu em 1932, quando o piloto italiano Enzo Ferrari, adoptou o equídeo como símbolo nos seus veículos.
O cavalo original foi pintado em vermelho sobre uma nuvem branca, mas mais tarde Ferrari optou por pintar o bicho em preto, em luto por aviadores mortos na guerra, tendo adicionado um fundo amarelo, a cor local de Modena.
A cauda do cavalo da Ferrari acabou por divergir da do cavalo Baracca, a qual apontava para baixo como podem ver na foto.
Quanto ao Francesco Baracca morreu ainda antes de terminar a 1ª Guerra Mundial, servindo numa missão de bombardeio em 1918.
Enzo Ferrari recordou a história da origem do Cavallino nas suas memórias:
"A história do Cavallino Rampante é simples e fascinante. O Cavallino estava pintado na fuselagem do caça de Francesco Baracca, heróico aviador caído em Montello, ás da Primeira Guerra Mundial. Quando venci, em 23, o primeiro circuito de Savio que se corria em Ravenna, conheci o conde Enrico Baracca, pai do herói; deste encontro nasceu o seguinte, com a mãe, a condessa Paulina. Ela disse-me um dia: 'Ferrari, coloque no seu carro o Cavallino Rampante do meu filho. Dar-lhe-á sorte.' Conservo ainda hoje a fotografia de Baracca, com a dedicatória dos seus pais, na qual me entregam o emblema.
O Cavallino era negro e assim permaneceu; eu juntei-lhe um fundo amarelo-canário, que é a cor de Modena." (Fonte – AutoMotor).