domingo, 4 de maio de 2014

Um poema para a minha mãe




Quando eu nasci, 
ficou tudo como estava, 
Nem homens cortaram veias, 
nem o Sol escureceu, 
nem houve Estrelas a mais... 
Somente, 
esquecida das dores, 
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci, 
não houve nada de novo 
senão eu.

As nuvens não se espantaram, 
não enlouqueceu ninguém...

P'ra que o dia fosse enorme, 
bastava 
toda a ternura que olhava 
nos olhos de minha Mãe...


Sebastião da Gama
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