quarta-feira, 28 de julho de 2010

Coisas sobre casas!

Lançado na compra de uma nova casa, noto que continuo sem dinheiro nem arrojo para comprar ou erigir uma casa daquelas de fazer inveja aos amigos, como alguns deles têm feito com as casas que construíram ou compraram.
Mas enfim, cada um lida com os seus limites, aspirações e exigências e eu não posso deixar de me sentir satisfeito com o meu estatuto imobiliário … assim o banco entenda que eu tenho estofo económico para suportar a dívida que eu lhes sugeri!!!
Ao ver algumas casas de que pairam imagens por essa net fora sinto que vivo e vou continuar a viver num barraco. Porém, comparando com o que já foram as casas, não posso deixar de me sentir bem com a comodidade e a segurança que as habitações hoje proporcionam (banheiras com jacusi, aquecimento central, ar condicionado, estores eléctricos, portas blindadas, alarmes, etc.). Numa reportagem que recentemente li sobre as casas vitorianas do sec. XIX (a propósito da publicação do livro “At Home – A short history of private life”, do norte americano Bill Bryson, fiquei surpreendido com as diferenças entre as casas dos antigos ricos britânicos e as habitações actuais. Vejamos alguns pormenores daquelas ricas casas antigas:
Nos quartos das crianças já havia camas de gaveta, mas os miúdos dormiam no chão e passavam a noite a enxotar ratos.
Os quadros (pinturas) eram conservados com sal e urina!
As tintas eram compostas por muitos metais pesados, os quais causavam doenças nos habitantes das casas.
As casas com jardins tinham um problema com os relvados. É que não havia máquinas de cortar relva. Ou se tinha um rebanho de ovelhas ou um exército de empregados!
As casas não tinham uma divisão dedicada à higiene, pois esta não era uma prioridade e não havia esse tipo de hábitos (não aprenderam nada com os ricos gregos e romanos). O termo water closet (que esteve na origem da sigla WC) surgiu em 1755 para designar o local ode eram administrados clisteres (um must!!!!).
As necessidades eram feitas em penicos, vasos de flores ou até em chaleiras.
penico
Até arrepia …
Por tudo isto, os casais eram encorajados a dormir separados pois os odores corporais eram perigosos.
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Se quiserem saber mais, ou comprem o referido livro, ou leiam a reportagem que mencionei, a qual vi na edição nº 322 da revista Sábado (1 a 7 de Julho de 2010), a qual deve estar disponível no site daquela publicação.

1 comentário:

SC disse...

Tu quoque fili!!! Também tu tinhas que falar nesse gajo do CR! E logo agora que, ao que se diz e parece, o rapazinho, talvez cansado de atirar ao golo, resolveu fazer de baliza.
Dizem ... ..., que eu cá, a estas coisas nem lhes ligo. Realmente os "Europeus" durante a chamada idade média (idade negra), e até práticamente ao início do sec. XX eram uns porquinhos e (não)tinham uns hábitos de higiéne que "faxavor". Mais uma coisa que talvez possamos agradecer à Santa Igreja Católica (ai, lá vem polémica...), entre outras obscuridades. Enfim, já que corremos (nós "Europeus")com os árabes da Europa e fomos até às terras deles fazer porcaria, tudo em nome da tal dita Santa Igreja, podíamos ao menos ter aprendido com eles a ser asseados,mas não.
E o pior é que ainda hoje há muito boa gentinha para quem as expressões "banhito diário" e "desodorizante" são aramaico.
Haja água... ...