Morreu Lhasa de Sela.
Esse malfadado cancro levou mais uma voz que não dá para esquecer.
Ainda há pouco tempo lastimei aqui a morte da “Negra” e eis que surge a notícia do falecimento de outra voz que, embora ainda muito jovem, se tornou mítica. Lhasa tinha apenas 37 anos!
Sendo uma cantora americana (nasceu em Big Indian , no estado de Nova Iorque em 1972), tinha ascendência mexicana e libanesa (o pai era um professor mexicano com origens índias e a mãe era uma fotógrafa americana com origem libanesa e judia). Era conhecida como a cantora nómada por causa das constantes viagens que fazia pelos Estados Unidos e pelo México.
A diversidade cultural das suas origens e do ambiente que sempre a rodeou reflectiu-se na sua música, numa mistura de sons latinos, ciganos e árabes com constantes incursões pela música mexicana, klemzer, rock e jazz. A verdadeira artista da world music!
Dona de uma voz rouca, poderosa e sofrida, Llasa deu nas vistas em 1997 com o seu disco La Llorona (cantado em espanhol). Em 2003 editou o disco The Living Road e em mais recentemente o CD “Lhasa”
Lhasa actuou várias vezes em Portugal. Não a fui ver, já não a vou ver … Como já devem ter percebido, tenho muita pena … por essas e muitas outras apetece-me cada vez mais regressar à capital (ou emigrar para Nova York!)
Para recordarem comigo, deixo aqui um vídeo com uma música. Mas não deixem de apreciar e reapreciar as restantes (vejam por exemplo a série acústica disponível no youtube – aqui, aqui, aqui e por aí além!)
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