Maratona Fotográfica FNAC 2021

Numa espécie de pausa desta maldita pandemia, participei em setembro na Maratona Fotográfica da FNAC / Algarve 2021.

Conheci fotógrafos novos que se tornaram amigos, reencontrei amigos velhos que continuam velhos amigos e vivi um dia de passeio fotográfico na zona de Loulé que não dá para esquecer.

Como se isto não bastasse, o júri decidiu premiar-me com o 1º lugar.

Por tudo isto, e como vem sendo hábito, partilho aqui as minhas “obras de arte” que este ano tinham como tema base a “sustentabilidade”:

Tema 1 – “Urbano”

Tema 2 – “Arte sustentável”

Tema 3 – “Reciclagem”

Tema 4 – “Natureza”

Tema 5 – “Energia”

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... hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu...

 

Vivi, estudei, amei, e até cri,

E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.

Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,

E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses

(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);

Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo

E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.

... de Álvaro de Campos, in Tabacaria ...

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LIBERDADE

 

«Je suis né pour te connaître

Pour te nommer

Liberté.»

Paul Éluard

Sobre esta página escrevo

teu nome que no peito trago escrito

laranja verde limão

amargo e doce o teu nome.

Sobre esta página escrevo

o teu nome de muitos nomes feito

água e fogo lenha vento

primavera pátria exílio.

Teu nome onde exilado habito e canto

mais do que nome: navio

onde já fui marinheiro

naufragado no teu nome.

Sobre esta página escrevo

o teu nome: tempestade.

E mais do que nome: sangue.

Amor e morte. Navio.

Esta chama ateada no meu peito

por quem morro por quem vivo

este nome rosa e cardo

por quem livre sou cativo.

Sobre esta página escrevo

o teu nome: liberdade.

Manuel Alegre, Praça da Canção 

Cão Como Nós

 

Como nós eras altivo
fiel mas como nós
desobediente.
Gostavas de estar connosco a sós
mas não cativo
e sempre presente-ausente
como nós.
Cão que não querias
ser cão
e não lambias
a mão
e não respondias
à voz.
Cão
Como nós.

Manuel Alegre, "Cão Como Nós"

Para a minha Cuca, com o coração nas mãos

Quando se é bom … FKJ

 

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Já ouviram Asaf Avidan?

Evening rises, darkness threatens to engulf us all

But there's a moon above it's shining and I think I hear a call

It's just a whisper through the trees, my ears can hardly make it out

But I can hear it in my heart, vibrating strong as if she shouts

 

Oh Ariadne, I am coming, I just need to work this maze inside my head

I came here like you asked, I killed the beast, that part of me is dead

Oh Ariadne, I just need to work this maze inside my head

If only I'd have listened to you when you offered me that thread

 

Everything is quiet and I'm not exactly sure

If it really was your voice I heard or maybe it's a door

That's closing up some hero's back, on his track to be a man

Can it be that all us heroes have a path but not a plan?

 

Oh Ariadne, I'm coming, I just need to work this maze inside my mind

I wish I had that string, it's so damn dark, I think I'm going blind

Oh Ariadne, I just need to work this maze inside my mind

For the life of me I don't remember what I came to find

 

Now tell me princess are you strolling through your sacred grove?

And is the moon still shining? You're the only thing I'm thinking of

The sword you gave me, it was heavy, I just had to lay it down

It's funny how defenseless I can feel here when there's nobody around

 

Oh Ariadne, I'm coming, I just need to work this maze inside my heart

I was blind, I thought you'd bind me, but you offered me a chart

Oh Ariadne, I just need to work this maze inside my heart

If I'd known that you could guide me, I'd have listened from the start

 

Somewhere up there midnight strikes, I think I hear the fall

Of little drops of water, magnified against the barren wall

It's more a feeling than a substance, but there's nobody around

And when I'm in here all alone, it's just enough to let me drown

 

Oh Ariadne, I was coming, but I failed you in this labyrinth of my past

Oh Ariadne, let me sing you, and we'll make each other last

Oh Ariadne, I have failed you in this labyrinth of my past

Oh Ariadne, let me sing you, and we'll make each other last

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Volta ...

 

Volta esta noite pra mim

Volta esta noite pra mim

Canto-te um fado, no silêncio, se quiseres

Mando recado ao luar, que se costuma deitar

Ao nosso lado, para não vir hoje, se tu vieres

 

Anda deitar-te, fiz a cama de lavado

Cheira a alfazema o meu lençol alinhado

Pus almofadas com fitas de cor

Colcha de chita com barra de flor

E à cabeceira tenho um santo alumiado

 

Volta esta noite pra mim

Volta esta noite pra mim

Canto-te um fado no silêncio, se quiseres

Mando um recado ao luar, que se costuma deitar

Ao nosso lado, pra não vir hoje, se tu vieres

 

Pus o meu xaile pra nos servir de coberta

E um solitário ao pé da janela aberta

Pus duas rosas que estão a atirar

Beijos vermelhos, sem boca para os dar

Sem o teu corpo, minha noite está deserta

 

Volta esta noite pra mim

Volta esta noite pra mim

Ser abraçada, por teus braços, atrevidos

Quero o teu cheiro sadio, neste meu quarto vazio

De madrugada, beijo os teus lábios, adormecidos

 

Mando recado ao luar, que se costuma deitar

Ao nosso lado, pra não vir hoje, se tu vieres

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… e se o som das guitarras vos faz comichão, experimentem ver, ouvir a Gisela em modo eletrónico, acompanhada por Xinobi...

 

 ... volta. 

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