Quando tanto se fala do António Variações, deixo aqui este
já batido desvio artístico deste moço que é um dos nossos grandes nomes do fado.
Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver
Amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer
e a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir
a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir
encontrar, renovar, vou fugir ou repetir
vou viver,
até quando, eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver
amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será mais um prazer
Mas o Camané é, mais que tudo (e este tudo vai sendo muito e diverso ...) FADO…
E, quando um poema de Pedro Homem de Melo se une com uma música
de Alain Oulman, dá nisto. Um hino numa meritória voz.
Sei de um rio …
Sei de um rio
Em que as únicas estrelas
Nele, sempre debruçadas
São as luzes da cidade
Sei de um rio…
Sei de um rio
Rio onde a própria mentira
Tem o sabor da verdade
Sei de um rio
Meu amor, dá-me os teus lábios!
Dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede!
Mas o sonho continua…
E a minha boca (até quando?)
Ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
"- Sei de um rio…
Sei de um rio…"
Sei de um rio…
Ai!
Até quando?
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