Por falar em amigos, ofereceram-me como prenda de aniversário (presente atrasado mas muito bem-vindo!) um livro que merece este post.
Tem dois sérios defeitos!:
1º - Pesa 2,485 gr.!!!!! Compreendem que foi difícil segurá-lo durante a leitura!
2º - Está escrito em espanhol (porque não existe versão portuguesa).
Mas é uma obra com uma grande série de virtudes. Talvez a primeira seja o facto de estar escrito em castelhano. Como o tema me interessava muito, obrigou a que fizesse um esforço de adaptação à língua e a verdade é que o consegui ler muito bem, sendo que, com a leitura, acabei por aprender uma série de novos termos espanhóis.
A segunda é que para além de pesado, é um livro grande, pleno de informação sobre uma matéria relativamente à qual não abundam documentos escritos. Trata-se uma abordagem sobre “portadas e carátulas de discos de jazz” publicados entre a década de 1940 e os princípios dos anos 90. É uma recolha sublime, elegante e muito informativa. E é um livro curioso, histórico e bonito de se ver…
Tenho a mania que gosto de alguma música jazz, mas a verdade é que cerca de 90% dos discos abordados nunca tiveram o prazer de invadir os meus olhos e, principalmente, os meus ouvidos. Mas alguns não perdem pela demora, pois os textos de Joaquim Paulo (o autor) aguçaram-me o apetite.
Mas a maior virtude da obra foi a chamada de atenção para a componente gráfica dos discos. Normalmente compramos discos para ouvir música e quase ignoramos que as capas representam um trabalho criativo, que envolve fotógrafos, desenhadores e vários outros artistas, por vezes mais geniais que os músicos(!), sendo que em muitos casos a capa, para além de muito informativa, reveladora e imaginativa, tem uma forte ligação com a música que transporta.
Como vivemos na era do CD (de capas pequenas quase ilegíveis), ou até do digital MP3, as “portadas” deixaram de ter a relevância do tempo dos discos de vinil. Mas quem, como eu, gastou muitas das suas primeiras economias na aquisição de LPs (alguns que ainda guardo, no sótão, é certo, mas guardo!), não pode deixar de recordar as obras de arte que algumas das capas daqueles discos representavam.
Tem dois sérios defeitos!:
1º - Pesa 2,485 gr.!!!!! Compreendem que foi difícil segurá-lo durante a leitura!
2º - Está escrito em espanhol (porque não existe versão portuguesa).
Mas é uma obra com uma grande série de virtudes. Talvez a primeira seja o facto de estar escrito em castelhano. Como o tema me interessava muito, obrigou a que fizesse um esforço de adaptação à língua e a verdade é que o consegui ler muito bem, sendo que, com a leitura, acabei por aprender uma série de novos termos espanhóis.
A segunda é que para além de pesado, é um livro grande, pleno de informação sobre uma matéria relativamente à qual não abundam documentos escritos. Trata-se uma abordagem sobre “portadas e carátulas de discos de jazz” publicados entre a década de 1940 e os princípios dos anos 90. É uma recolha sublime, elegante e muito informativa. E é um livro curioso, histórico e bonito de se ver…
Tenho a mania que gosto de alguma música jazz, mas a verdade é que cerca de 90% dos discos abordados nunca tiveram o prazer de invadir os meus olhos e, principalmente, os meus ouvidos. Mas alguns não perdem pela demora, pois os textos de Joaquim Paulo (o autor) aguçaram-me o apetite.
Mas a maior virtude da obra foi a chamada de atenção para a componente gráfica dos discos. Normalmente compramos discos para ouvir música e quase ignoramos que as capas representam um trabalho criativo, que envolve fotógrafos, desenhadores e vários outros artistas, por vezes mais geniais que os músicos(!), sendo que em muitos casos a capa, para além de muito informativa, reveladora e imaginativa, tem uma forte ligação com a música que transporta.
Como vivemos na era do CD (de capas pequenas quase ilegíveis), ou até do digital MP3, as “portadas” deixaram de ter a relevância do tempo dos discos de vinil. Mas quem, como eu, gastou muitas das suas primeiras economias na aquisição de LPs (alguns que ainda guardo, no sótão, é certo, mas guardo!), não pode deixar de recordar as obras de arte que algumas das capas daqueles discos representavam.
O livro “Jazz Covers” (editado pela Taschen) contém uma recolha de algumas das capas dos discos da colecção do Joaquim Paulo (parece que o homem tem uma colecção pessoal de mais de 25.000 LPs!!!!) e, para além de conter informação sobre os músicos, apresenta referências sobre as editoras, o ano de edição e sobre os artistas responsáveis pelos desenhos e pelas fotos das capas. Para além disso, o livro inicia-se com interessantes entrevistas a várias pessoas muito ligadas à música jazz, designadamente a Rudy Van Gelder (engenheiro de som que gravou muitos álbuns para a “Blue Note” e para a “Prestige”), ao produtor de jazz Creed Taylor e ao designer Bob Ciano.
O livro é tão relevante que foi considerado o melhor livro de Jazz, em França, tendo-lhe sido atribuído pela Académie de Jazz o "Prix du livre de Jazz 2008".
Os discos retratados (muitos deles nunca chegaram a ser editados em CD) são essencialmente norte-americanos (o paraíso do jazz!!!), mas Joaquim Paulo apresenta vários LPs de muitos outros países, como p. ex. da Argentina, Espanha, França, Brasil, Polónia, Roménia e Reino Unido. E os portugueses? Nem um, Joaquim!!!!?
Querem alguns nomes, só para aguçar o apetite: Tive direito a apreciar capas de discos de Miles Davis, Chet Baker, Thelonious Monk, John Coltrane, Ornette Coleman, Count Basie, Lester Young,Art Blakey, John Handy, Lionel Hampton, Bill Evans, Ella Fitzgerald, Chick Corea, Stan Getz, Ahmad Jamal, Donald Byrd, Moacir Santos, Albert Ayler e muitos etecéteras. Até tem uma capita (só uma!!!!) do meu preferido Herbie Hancock!
Como notam, não gostei muito da prenda dos meus amigos … é em espanhol e tão pesada!
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Acresce que o "Jazz Covers" tem algumas “carátulas” de discos de Paul Bley, artista que eu desconheço mas que, se tudo correr bem, vou poder ouvir ao vivo ainda este mês, dia 22, em Portimão, no esperado Festival “Maio, Lindo Maio”. Para quem ainda não viu, o programa prevê:
Dia 15 – Reunion Big Jazz Band
Dia 16 – Djabe Quinteto
Dia 17 – Vânia Fernandes Quarteto
Dia 21 – Gilberto Mauro
Dia 22 – Paul Bley
Dia 23 – Daniel Mille Quinteto
Sobre Paul Bley, posso avançar que Joaquim Paulo refere que é um pianista nascido em Montreal e que as suas interpretações se conhecem pelo seu particular sentido de espaço e fraseio (seja lá o que isso for!). Ao que parece, e como o nome indica, foi marido da também pianista de Jazz Carla Bley. Consta ainda que também casou com Annette Peacock.
Enfim, logo veremos e ouviremos se efectivamente o homem toca com fraseio e sentido de espaço!
Dia 15 – Reunion Big Jazz Band
Dia 16 – Djabe Quinteto
Dia 17 – Vânia Fernandes Quarteto
Dia 21 – Gilberto Mauro
Dia 22 – Paul Bley
Dia 23 – Daniel Mille Quinteto
Sobre Paul Bley, posso avançar que Joaquim Paulo refere que é um pianista nascido em Montreal e que as suas interpretações se conhecem pelo seu particular sentido de espaço e fraseio (seja lá o que isso for!). Ao que parece, e como o nome indica, foi marido da também pianista de Jazz Carla Bley. Consta ainda que também casou com Annette Peacock.
Enfim, logo veremos e ouviremos se efectivamente o homem toca com fraseio e sentido de espaço!
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