Li no "Público" um texto assinado por João Palma, que, por ser curioso, vou aqui reproduzir:
«Salvo pela campainha» ou a variante mais usada «salvo pelo gongo» são expressões conhecidas, empregues na acepção de alguém se ver livre de um perigo ou uma situação difícil no último momento, por vezes devido a uma influência externa. Está muito divulgada a ideia de que a frase deriva do boxe e daquela situação em que um dos contendores está a levar uma tareia do outro e, mesmo à beira do KO, soa o gongo salvador a pôr fim ao assalto e a dar-lhe uma oportunidade para se recuperar no intervalo. É possível que esta seja a raiz de «salvo pelo gongo», derivada de «salvo pela campainha», mas a expressão original tem uma origem mais macabra. Os diversos surtos de pestes que assolaram o mundo, em especial a peste negra, vitimaram milhões de pessoas, até ao século XVIII. Tendo surgido em Portugal em
No caos subsequente, houve casos de enterramento de pessoas que ainda estavam vivas. Então, para evitar a situação, passou-se a sepultar as vítimas da peste com uma corda ligada a um sino, para puxarem se ainda estivessem vivos...
Deve ser por isso que ainda hoje nos cemitérios se toca uma campainha quando o corpo desce à terra.
Hoje também me sinto meio morto. Depois:
- de me levantar às 6 da matina;
- de me ter rebentado um pneu do carro quando ia a caminho de Tunes;
- de ter perdido o comboio para Lisboa;
- de ter queimado cerca de uma hora para conseguir mudar o pneu na berma da auto-estrada;
- de ter pensando várias vezes que ia morrer com as tangentes dos camiões que faziam balançar o carro em cima daquele macaco malvado do SSanguiong, primeiro escondido, depois preso, perro, teimoso, maljeitoso …
- de ter acabado por viajar de carro para a capital, agora já com o tempo apertado, o que implicou apelar aos cavalos do Audi para mostrar o que valiam … e valeram! (apesar do gasóleo na reserva os ter perturbado … a eles e a mim …)
- de ter feito um percurso final de Metro a caminho da reunião de trabalho que me esperava, tendo sido informado pelo som ambiente quando apressado entrei na carruagem: “Senhores passageiros informamos que a Linha Verde se encontra com problemas de circulação”, quando era na linha verde que eu queria circular, tendo a viajem que habitualmente dura cerca de cinco minutos demorado muito mais que um quarto de hora.
- de ter chegado atrasado à reunião, onde muitos dos intervenientes pareciam ter tido uma manhã mais azeda que a minha;
- de ter regressado para o Algarve, sendo que no Alentejo profundo o Audi resolveu assinalar que o motor estava com sede de óleo … (carros alemães!);
- de, sem êxito, ter tentado negociar com a CP (ou a REFER?) a devolução do dinheiro dos bilhetes das viagens no Alfa, os quais paguei antecipadamente e, com muita pena minha, não pude utilizar.
- de ter jantado sozinho porque o resto da família está no médico para aferir o que apoquenta o mocinho mais novo que há várias semanas anda com febre, tosse e outros sintomas de que algo não vai bem naquele corpito.
- de … de … de …
Enfim, sinto-me meio morto!
1 comentário:
Tlim, tlim, tlim, tlim.....
Pois é amigo meu, ele há dias que um homem à noite, mais valia à tarde, não sair de casa de manhã. Mas olha, tás vivo e são e continuas um homem de fé, porque essa de tentares que os gajos da CP (ou lá o que é) te devolvessem o guito do bilhete.....
Enfim, amanhã é outro dia e de certeza que não vais rebentar nenhum pneu. Não te esqueças é de reparar ou substituir o que estourou, não vá o demo... Coração ao alto e as melhoras do Gustavinho.
Abraço
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